Lista de livros

Lista de livros: Livros sobre o “homem supérfluo”

O “homem supérfluo” é um termo que surgiu na Rússia no século XIX e foi popularizado por Ivan Turguêniev (1818-1883) em sua novela “Diário de um homem supérfluo” (1850). Fala do homem que tem interesse em fazer algo, tem como fazer, tem dinheiro e conhecimento, porém não tem qualquer ânimo para se levantar e fazer o que pretende, ou, até mesmo, se mexer para começar a viver. É uma pessoa apática que se levanta da cama para escrever uma carta e, no caminho, desiste e se deita no sofá, como Oblómov (1859), de Ivan Gontcharov (1812-1891). Oblomovismo, inclusive, virou adjetivo para a passividade desse homem acomodado.

Há outros livros lançados antes de “Diário de um homem supérfluo”, mas, como citado acima, o termo foi popularizado com Turguêniev e alguns livros trazem algo que lembram esse personagem, então citamos aqui.

Hoje vemos muitas pessoas assim ainda, que dizem que não se encontraram, que buscam um sentido para a vida, o emprego perfeito, que querem fazer algo excepcional, mas não se mexem para fazer qualquer coisa que seja para mudar seu presente e seu futuro. Pensando nisso tudo, será que nos tornamos mais supérfluos com o avanço da tecnologia e do conforto?

Abaixo alguns dos livros mais importantes que falam do assunto. Em breve trarei as resenhas de todos eles.

Boas leituras!

Diário de um homem supérfluo (1850), de Ivan Turguêniev

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Sinopse:

Publicado em 1850, o Diário de um homem supérfluo, de Ivan Turguêniev (1818-1883), ocupa um lugar de destaque na história da literatura. É nele que pela primeira vez o termo “homem supérfluo” foi usado para designar um dos tipos mais característicos da grande prosa russa do século XIX, o aristocrata que cresceu sob o regime repressivo do tsar Nicolau I e é incapaz de agir para mudar seu destino. Nesta novela, que tem a forma de um diário íntimo, um jovem à beira da morte reflete sobre a sua infeliz paixão por Liza, filha de um proprietário de terras na província, e sobre seu sentimento de desajuste com a vida, traçando com suas confissões um painel extremamente vívido da sociedade russa da época.

Leia a resenha aqui: Diário de um homem supérfluo – Ivan Turguêniev

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Eugene Oneguin (1825-1832), de Aleksandr Púchkin

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Sinopse:

Embora anterior ao termo, Oneguin é considerado o protótipo do homem supérfluo. Ele é um aristocrata sofisticado, entediado e blasé, incapaz de encontrar satisfação na vida ou nas relações humanas.

Obra fundadora da literatura russa, Evguiêni Oniéguin é um romance em versos publicado entre os anos de 1825 e 1832. Nesse romance, Púchkin narra a vida do dândi Oniéguin que, entediado com seu cotidiano, viaja para o campo, onde conhece a bela Tatiana. Ela se apaixona à primeira vista, mas é duramente rejeitada.
Anos depois, Oniéguin percebe o erro que cometeu e tenta desesperadamente retraçar seu caminho no amor. Contudo, o destino e diversas forças sociais não estarão a seu favor.

Obra poética magistral e narrativa única, este livro tem agora sua primeira tradução brasileira completa direta do russo. Rubens Figueiredo também compõe um texto de apresentação e notas para auxílio da leitura.

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Um herói da nossa época (1840), de Mikhail Liérmontov

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O protagonista, Pietchórin, é outro exemplo clássico. Ele é um homem cínico, egoísta e indiferente, que espalha infelicidade por onde passa, mas que também demonstra uma profunda consciência de sua própria existência vazia.

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Rúdin (1856), de Ivan Turguêniev

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Sinopse:

Publicado em 1856, Rúdin, romance de estreia de Turgêniev, foi prontamente aclamado pela crítica. O autor retrata aqui o “homem supérfluo”, motivo central da literatura russa de então, lançando um olhar simultaneamente terno e irônico sobre a juventude de sua própria geração, que, inspirada pelos ideais democráticos que chegavam da Europa, foi tolhida pelo conservadorismo da Rússia de Nicolau I.

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Oblómov (1859), de Ivan Gontcharov:

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Sinopse:

Um herói de roupão, desprovido de vontade, que vive alheio a tudo. Contudo, debaixo de toda a letargia e imobilidade existe uma alma boa e pura, que precisará entender o que o mundo espera dele ― e o que ele pode oferecer ao mundo ― para não perder sua chance de amar. Edição com tradução do russo e apresentação de Rubens Figueiredo.

Escrito com humor e maestria, Oblómov é um retrato da aristocracia russa às vésperas do fim da servidão. Por meio de seu personagem principal, Iliá Ilitch Oblómov , rico senhor de terras que mal sai do sofá e passa os dias de roupão fazendo planos que nunca põe em prática, Gontcharóv idealiza uma resistência passiva aos ideais de produtividade que chegam à Rússia em meados do século XIX.
Apático a ponto de abandonar o trabalho, os amigos e os livros, além de dilapidar o dinheiro da família, o protagonista passa a vida esperando. Sente-se constantemente apavorado com a possibilidade de precisar tomar alguma atitude para participar do mundo real, até o dia que um amigo de infância decide ajudá-lo a conhecer o amor. Publicado em 1859, Oblómov retrata com indulgência e ironia a elite russa às vésperas de uma mudança radical.

“Da espécie dos Faustos, Hamlets, Dom Quixotes, um dos heróis típicos da história da humanidade” ― Otto Maria Carpeaux.

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Links úteis:

Resenha: Diário de um homem supérfluo – Ivan Turguêniev

Resenha: Dama do cachorrinho e outras histórias, A – Anton Tchekhóv

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Heidi Gisele Borges

Leitora, escritora e revisora. Ama falar sobre bons livros.