Resenha

Resenha: Era uma vez, de Júlia Lopes de Almeida

Que delícia poder ler essa história, um encanto!

Era uma vez é a história de uma Princesinha que perde a mãe quando é apenas um bebê e assim todos fazem a sua vontade, inclusive o Rei. Extremamente mimada, já sabemos que isso não vai prestar…

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Então a Princesa entende que todos sentem medo dela, apenas seu pai sente algo diferente.

Um dia a mimada sai para cavalgar e escuta três cegos conversarem sobre ela. Falam toda a verdade sobre seu comportamento, e, claro, ela não quer aceitar, então resolve castigá-los: cada um vai fazer uma viagem impossível (para eles, não para a história). O primeiro deve ir ao fundo do mar e contar o que viu lá. O segundo deve ir ao espaço infinito, e o terceiro para uma Floresta.

Tudo isso em três dias. Ou ela os enforcará cada um em uma árvore diferente, inclusive enquanto eles estão em suas missões, a mimada vai conhecer cada uma das três árvores citadas, e tem lições no caminho.

Então cada um cumpre sua missão e volta para contar, mas não é exatamente o que ela esperava de cada relato.

“Onde não chega o caçador, está a tranquilidade. Só o homem é mau, só o homem envenena o ar que respira, pela sua traição, a sua ambição ou a sua covardia; só o homem desconhece a sua verdadeira função na Terra, em que Deus o pôs não para sacrificar os seus semelhantes, mas para amá-los como irmãos…”, conta o terceiro.

Uma história juvenil, com um sentido, uma lição de moral que todas as crianças devem ler (menos aquelas que seus pais não permitem que leiam bons livros porque eles também não querem ler).

Era uma vez (Editora Estronho, 66 páginas, 2020) infelizmente é uma história pouco conhecida, escrita pela brasileira Júlia Lopes de Almeida (1862-1934), que vem sendo redescoberta no último ano.

Ela foi umas das responsáveis pela criação da Academia Brasileira de Letras, mas nos últimos instantes preferiram deixar apenas que os homens tomassem lugar ali, então seu marido, Filinto de Almeida, ficou em seu lugar. Era a regra da época, então em 1977 Raquel de Queiroz foi a primeira mulher aceita na ABL, que tomou a cadeira número 5.

Júlia Lopes de Almeida tem uma vasta obra, com livros para todos os gostos e estilos. Ela escreveu romances, peças de teatro, novelas, contos… Vale a pena conhecer essa grande escritora.

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