Resenha: O elefante, de Peter Carnavas
O elefante (The elephant, Editora Principis , 2021, 176 páginas) começa com a pequena Olive contando sobre o elefante que acompanha seu pai. Os dois, sentados à mesa, olham para o nada através da janela da cozinha.
“Meu pai tem uma tristeza muito grande. Faz tempo que ele tem essa tristeza. E eu imagino que a tristeza é como um enorme elefante cinza que o segue por todo lado. É assim que eu vejo.”
O pai não é uma pessoa ausente porque quer. Aos poucos entendemos que o elefante não é real, ele é uma criação da menina para explicar o motivo de o pai estar sempre tão distante. O elefante é um animal grande, pesado e cinza, que representa a tristeza pesada, grande e cinza no coração do pai. Aos poucos entendemos o que acontece naquela casa.
Quem cuida de Olive é seu avô, que faz com capricho seus lanches da escola, a leva para se divertir com coisas simples, como subir numa montanha e jogar de lá aviões de papel.
A mãe de Olive faleceu quando a menina tinha um aninho, então suas lembranças são as que vê em fotos e as que o avô conta. Na escola, Olive consegue um amigo, Arthur, que a ajuda, a entende.
“Seu pai não vai consertar sua bike enquanto você não consertar seu pai”, disse o menino, o que deixou Olive pensativa.
Outro animal também surge, uma tartaruga que acompanha o avô, devagar e triste.
Olive se vê triste por não conseguir ajudar, mas ela é uma criança inteligente e vai lutar pela sua família.
Essa é uma história emocionante e bela que fala das tristezas dos adultos, a depressão e como eles também precisam de ajuda. E eu recomendo não ler em público, porque a gente sai desidratada.
Um livro juvenil, com lindas ilustrações do próprio autor que complementam a história. Recomendadíssimo para crianças e adultos.
Comprando através dos nossos links você ajuda a manter o Beco do Nunca.
Compre na Amazon: O elefante, de Peter Carnavas.
+ Outras leituras recomendadas:
O castelo azul, de Lucy Maud Montgomery
1001 livros para ler antes de morrer
___
Contatos: