Resenha

Resenha: A besta humana, de Émile Zola

A besta humana, de Émile Zola, é desses livros que marcam.

Li há algum tempo e não consigo esquecer. Anda raro um livro que me pegue desse jeito, que me faça pensar o tempo todo enquanto de sua leitura e me faça querer voltar para ele. Pois me senti perdida depois que terminei. O que ler agora?

Esse foi meu primeiro contato com o autor e já quero mais.

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A besta humana faz parte de uma história maior. Émile Zola (1840-1902) escreveu vinte romances interligados que tratam da condição humana. Esse é do 17⁰ Livro. Essa edição capa dura da Zahar traz, também, diversas ilustrações, além disso, é comentada, o que deixa a experiência da leitura ainda mais rica.

A história mostra a maldade humana, como algo ruim vira uma trama que todos os envolvidos precisam continuar para manter suas aparências. Traições, medos, ciúmes… tudo colabora para que se chegue à morte. E como isso faz com que outras pessoas entrem nesse círculo e cometam mais atrocidades em nome de qualquer coisa que as justifique.

Personagens bem construídos, com vida e alma. A dor de Séverine ao receber todo o ciúme do marido; a tristeza e o definhar do marido; o impasse do amante para contar ou não o que viu naquele trem; os ciúmes de uma prima. Tudo emaranhado para a eterna dor dos que ficam.

A história começa de uma forma calma, narrando o caminho até o encontro entre o casal Roubaud. O almoço simples que fazem no apartamento que um amigo lhes cedeu… Até Séverine se equivocar e contar a verdadeira história de seu anel…

“Foi preciso refazer todo o raciocínio para provar o direito que tinha de matar”, isso remete ao “direito” de fazer algo errado apenas porque o outro também o fez.

O trem está ali para ligar todos os pontos e personagens. A evolução da tecnologia e da maldade.

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